Madeira de Redescobrimento

O processo produtivo da biomarcenaria inicia no desmanche de casas e galpões antigos, pois a madeira de demolição é a principal matéria-prima. Orlandi (2010), cita o designer Carlos Motta, segundo o qual [...] madeiras encontradas no mar ou rios, derrubadas pelo vento ou vindas de demolição tem hoje um nome técnico: madeira de redescobrimento. A madeira de demolição ou de redescobrimento é uma matéria prima que oferece dupla vantagem ambiental. (MANZINI; VEZZOLI, 2002, p. 211) explica que a primeira vantagem está na anulação do impacto ambiental proveniente do despejo destes materiais no ambiente. E a segunda refere-se à disposição destes recursos não-virgens para a produção de novos materiais e energia. Estender a vida dos materiais significa fazê-los viver por mais tempo do que duram os produtos que esses materiais estão compondo. Esta espécie de “reencarnação” dos materiais ocorre através de dois processos fundamentais, ou seja, os materiais podem ser reprocessados para serem transformados em matérias primas secundarias, ou incineradas para recuperar o seu conteúdo energético. (MANZINI; VEZZOLI, 2002, p. 211). Deste modo, a madeira de demolição se enquadra no primeiro caso, pois é reutilizada para fabricar novos produtos, após ter completado um primeiro ciclo, cabe ressaltar que conseqüentemente árvores são preservadas. A utilização da madeira de demolição surgiu há aproximadamente 20 anos, principalmente para a produção de móveis de estilo colonial. Após o desmanche as madeiras são transportadas para a marcenaria onde são inspecionadas quanto à medida cúbica e quadradas. Artigo Científico desenvolvido para o curso de Pós Graduação em Ecodesign, publicado pela Projética Revista de Design da Universidade Estadual e Londrina Autor: João Dolzan Júnior

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